O projeto regional de saneamento básico desenvolvido pelo Consórcio Público para Assuntos Estratégicos do G8 (Cipae G8) foi debatido. O ritmo da obra da Central de Triagem de Resíduos Sólidos foi abordado pelos gestores municipais, que foram conhecer o local, no distrito de Campo Branco, interior do município de Progresso.
A reunião foi coordenada pelo ex-prefeito, Edegar Cerbaro. Ele tratou ainda sobre o processo para a eleição da nova diretoria do consórcio, no dia 7 de março. Além disso, debateram sobre a liberação de parte dos R$ 5 milhões conquistados junto à Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
O montante de R$ 1,8 milhão corresponde a aquisição de 1.630 contêineres entregues aos oito municípios, e 20% da obra de construção da Central de Triagem e dois Pontos de Entregas Voluntárias (PEVs).
No terreno da central, foi feita a terraplanagem, e agora aguarda a implantação da rede elétrica para dar início a obra. Já os dois primeiros PEVs serão construídos em Marques de Souza e Santa Clara do Sul. Cerbaro lembra que passaram cinco anos desde a elaboração do Plano de Resíduos Sólidos.
“Temos o aval técnico tanto no plano de resíduos como no Plano de Saneamento Básico o que abre portas junto à Funasa. Nossa organização é um diferencial frente a 98% dos municípios”. Quanto a conclusão da obra, Cerbaro acredita que, dentro de um ano, o local estará apto a receber o lixo coletado nos municípios consorciados.
Contêineres
A população tem reclamado do mau cheiro provocado pelo acumulo do chorume nos municípios que receberam os contêineres. Segundo o vice-prefeito de Cruzeiro do Sul, João Dullius, a coleta que até então era feita em até 12 horas, agora ocupa o dia todo para ser realizada.
Ainda na manhã dessa quarta-feira, a empresa Conesul realizou testes para ver da viabilidade do sistema automatizado. Os mesmos não foram satisfatórios no ponto de vista de Dullius. “Estou à frente do setor de Obras e acompanhei os testes. Problemas como a tampa se desprendendo ou até mesmo a fragilidade dos contêineres nos frustraram”, afirma o vice-prefeito.
Para Maicon Bergmann, secretário executivo do G8, a liberação dos recursos para compra das lixeiras foi antecipada, pegando os municípios de surpresa. “Não há um preparo para encarar essa questão dos contêineres. Essa implantação estava prevista para o sétimo ano do plano, mas o dinheiro foi liberado antes e tivemos de fazer a compra. Por isso esse é o momento de cada gestor reunir sua equipe e analisar o plano para ajustar às realidades”.