O pedido dos moradores do bairro Santo André para instalação de um redutor de velocidade na rua Rio Grande não deve ser atendido antes de no mínimo dois meses. Esse é o tempo previsto pelo Departamento de Trânsito de Lajeado para concluir o estudo técnico sobre a viabilidade de instalar o redutor.
Na semana passada, os moradores protocolaram o pedido para instalação de um quebra-molas no trecho onde Thayson Tauã da Silva foi atropelado no dia 27 de janeiro. O menino foi atingido por um carro quando andava de bicicleta na via. A morte da criança chocou os moradores do bairro, que reclamavam há tempos da falta de segurança no trecho.
De acordo com o coordenador do departamento de trânsito, Sérgio Schneider, o pedido precisa ser analisado para saber se é a melhor saída. “Temos hoje no município 150 quebra-molas e mais 500 pedidos de instalação, então tudo tem que ser decidido com calma.” Para Schneider, o município possui muitos redutores de velocidade e nem sempre com efetividade. “Já somos conhecidos como a cidade dos quebra-molas.”
Como alternativa aos redutores, Schneider diz apostar no aumento da fiscalização e em medidas de educação no trânsito. Porém, os moradores do Santo André garantem não ter visto mais fiscais no local desde o acidente. “Está tudo a mesma coisa, os carros seguem andando em alta velocidade por aqui”, afirma Jaqueline Poli de Medeiros que mora em frente ao local do acidente que vitimou Thayson.
Jaqueline, que é madrinha do menino falecido no dia 27, conta que os moradores redobraram os cuidados com as crianças após a tragédia. “Eu tenho um filho de quatro anos e não deixo ele nem ir para a pracinha, porque eles correm nas outras ruas também.” Na rua não existe nenhuma faixa de pedestres, tornando a travessia insegura para os transeuntes.
Inquérito em andamento
A Polícia Civil aguarda o resultado da perícia no carro e na bicicleta de Thayson. De acordo com o delegado Juliano Stobbe, a motorista admitiu estar ao volante no momento do atropelamento, contrariando os boatos de que o marido tentou assumir a culpa.
Outro boato desmentido pelo delegado é que a mulher não teria habilitação para dirigir, segundo Stobbe ela estava habilitada. A perícia e os depoimentos devem indicar se houve imprudência da condutora. O nome da motorista só será divulgado pela Polícia após o encerramento das investigações.