Pai e filho atuam em longa metragem de Jayme Monjardim

Vale do Taquari

Pai e filho atuam em longa metragem de Jayme Monjardim

Atores da região foram convidados por cineasta para gravar cenas em Porto Alegre

Pai e filho atuam em longa metragem de Jayme Monjardim

Um convite da Central de Produções Cinematográficas do Rio de Janeiro surpreendeu a família Lopes, em Teutônia.

O ator, diretor de teatro e sociólogo Antonio Lopes e o filho Tony Filho iniciaram, nesta semana, a participação no longa-metragem O Avental Rosa, do diretor de Televisão e Cinema Jayme Monjardim.
Conforme Tony Filho, a Vila Flores, em Porto Alegre, foi toda transformada para a locação.

Por lá circulam mais de 50 pessoas entre cinegrafistas, equipe de iluminação, fotografia, contra-regragem, figurinistas, maquiadores e diretores de cena. Nos bastidores, há grupos que atendem a alimentação dos atores e da produção de elenco.
O personagem interpretado por Lopes leva o mesmo nome do ator. Seu Antônio, morador da Vila Flores, é cliente da padaria de Seu Américo, protagonista interpretado pelo ator uruguaio César Troncoso.

Ele foi destaque no cinema com filmes como Faroeste Caboclo, Olga, O Vendedor de Sonhos e O Tempo e o Vento.
As últimas gravações estão previstas para o dia 10, mas a participação rendeu novos convites para Lopes. A barba comprida e o biotipo do ator agradaram os produtores. Pretendem inseri-lo em produções futuras.

“É apaixonante. A equipe de produção, o clima no set, já participei de mais cenas do que foi combinado no início. Estou muito empolgado”, conta.
Ator e estudante de Psicologia, Tony Filho integra o quadro de figurantes em algumas cenas. Relata que em um dia os trabalhos se estenderam até a noite. Havia iluminação capaz de transformar o cenário com sol artificial, inclusive.

“É uma hora de trabalho para 10 segundos de cena rodada. Há controle absoluto. Ninguém pode entrar na locação.”

Luta pela cultura

Lopes foi o precursor do teatro popular em Montenegro, no Vale do Caí. O ingresso caro no Teatro Roberto Atayde Cardona impossibilitava, muitas vezes, acompanhar as produções que, por ventura, chegavam à cidade.
No ano de 1988, viajou ao Rio de Janeiro em busca de conhecimento e de um teatro inovador. Ao chegar no Circo Voador, se deparou com um imenso espaço coberto por uma lona e de lotação máxima nas cadeiras.

“Conheci o Perfeito Fortuna, que me aconselhou voltar à minha terra e começar dali.” Quando retornou, iniciou oficialmente a obra, em um terreno árido e conservador.
Lopes montou peças com linguagem popular, que começaram a circular nos bairros. Elas davam às comunidades a oportunidade de participação em oficinas teatrais. “Era tudo feito na rua, com pouco recurso cênico e muita disposição.”
Lopes trouxe à região novo modelo de grandes espetáculos como Paixão de Cristo e Luzes do Deus Menino. As cidades cenoigráficas ficaram conhecidas .
Hoje, cidades como Imigrante e Muçum realizam de forma autônoma os espetáculos, inspirados no sistema de produção comunitária teatral.

Acompanhe
nossas
redes sociais