Representantes da Associação de Empresários das Indústrias de Confecções e Vestuário da região participaram de reunião com parlamentares. O grupo apresentou projeto de desenvolvimento do setor e pediu auxílio de R$ 20 mil.
Presidente da associação, Alexandre Comel falou sobre a produção de vestuário da região e a necessidade de ampliar a visibilidade dos produtos locais. Segundo ele, a indústria de confecções está entre as principais fontes de emprego no Vale do Taquari.
Conforme Comel, a intenção é dar sequência a uma proposta pensada no fim do governo da prefeita Carmen Regina Cardoso e cuja operação iniciou na administração passada.
De acordo com ele, a verba seria usada para custear a contratação de um gestor de projetos capaz de planejar e executar as ações previstas no planejamento da associação. Entre as sugestões apresentadas, estão a elaboração de uma feira do setor e cursos de qualificação.
“Ninguém está pedindo benefício para a associação, e sim para o desenvolvimento setorial”, alega. Segundo Comel, a entidade tem um laboratório equipado com máquinas de corte e costura, manequins e softwares de modelagens, onde as indústrias podem desenvolver produtos e realizar trabalhos. De acordo com ele, o Vale do Taquari tem cerca de 160 empresas formais ativas no setor de confecções.
Estudo aponta carências
O presidente também apresentou dados de uma pesquisa realizada com 27 indústrias de Lajeado, Estrela, Arroio do Meio e Santa Clara do Sul. Entre as principais carências, estão a falta de mão de obra qualificada, dificuldade para manter um bom nível de capital de giro e ineficiência dos métodos de venda.
Conforme Comel, como a maior parte das empresas do setor é familiar, existem deficiências de planejamento e gestão. As marcas também seriam pouco conhecidas, mesmo entre o público que compra os produtos locais.
Segundo ele, o material produzido no Vale tem qualidade para competir com as marcas da Serra Gaúcha e de outras regiões. O dirigente criticou a concorrência de feiras de outros estados que oferecem produtos a preços desleais.
“Em São Paulo são comuns os casos de confecções que se utilizam de trabalho análogo à escravidão. Isso tira a competitividade de quem trabalha da forma correta”, relata. Para Comel, a realização de feiras com as indústrias e varejistas da região é um dos primeiros passos para desenvolver o segmento.
Vereadores avaliam pedido
Após a apresentação, os vereadores prometeram se reunir para avaliar a solicitação da associação. Mariela Portz (PSDB) questionou se os recursos públicos serão sempre necessários ou se a entidade terá capacidade para se manter com verba própria nos próximos anos.
Comel afirmou que a sustentabilidade será possível com o avanço dos projetos da associação. Ele aposta nas feiras e cursos como forma para captar recursos, além da ampliação no número de associados. Hoje, 15 empresas dialogam com a entidade, mas ainda não contribuem mensalmente.