A Secretaria do Meio Ambiente analisou o recolhimento de lixo, encontrou falhas e aponta soluções para reduzir o volume de resíduos descartados no aterro sanitário. A primeira ação foi a revisão do contrato com a empresa responsável pela coleta.
A Engesa deveria manter quatro veículos no município. Entretanto, tinha apenas três. Quando um dos caminhões estava danificado, o serviço era comprometido pela falta de unidade reserva.
Reunião com a direção definiu adequação o mais breve possível. Conforme o secretário Gilson Hollmann, um novo caminhão foi comprado e está sendo adesivado. O objetivo é destacar em cores que o veículo recolherá apenas lixo orgânico.
O setor também quer intensificar a divulgação dos dias de coleta por meio de sites, rede social e mídia.
O projeto prevê uma campanha com alunos da rede municipal. Eles terão o desafio de criar um desenho que estampará banners, outdoor e artes gráficas para web. O material impresso deve ser colocado em pontos estratégicos da cidade para reforçar a necessidade de empenho na separação correta.
A cobrança sobre responsabilidade ambiental também será estendida às empresas. Com aval do Ministério Público, começarão a exigir a logística reversa. Em um primeiro momento, materiais que não podem ser enviados ao aterro, como lâmpadas e latas de tinta, terão atenção especial.
Valorização dos catadores
Outra etapa em andamento é o registro dos catadores de materiais recicláveis. Até o momento, dez em situação informal compareceram à secretaria. O objetivo é traçar panorama real de quantos trabalham no segmento e quais regiões atuam.
Também recebem orientação de manter ambiente organizado e vender o material pelo menos uma vez por semana.
A equipe disponibiliza cartões de visita para melhorar a imagem dos trabalhadores. Coletes reflexíveis estão sendo confeccionados para identificar os catadores.
Os materiais foram adquiridos por meio de doações e serão ofertados de forma gratuita. Hollmann acredita no incentivo e reconhecimento como forma de modificar a visão sobre esse serviço. “Temos que pensar nos catadores como agentes no futuro”.
A expectativa é que a mudança no perfil dos recicladores elimine pré-conceitos e humanize a relação com a comunidade. Hoje, muitas famílias depositam lixo com cacos de vidro misturados, restos de comida junto com recicláveis. A tendência é que as pessoas descartem mais organizado e limpo, diz.
Equipe redimensiona projeto
Conforme o biólogo Leonardo Crestani, a segunda vala do aterro sanitário terá utilidade por mais um ano. A unidade será desativada e os taludes laterais serão aumentados, permitindo nova área para depósito. O pedido foi enviado à Fepam e aguarda liberação.
O projeto protocolado para construção da terceira vala está sendo reestruturado. Crestani afirma que as dimensões estão sendo ampliadas para atender a projeção de aumento na demanda. Os dados repassados pela gestão passada revelam que o município produz 320 toneladas de lixo por ano.