Os débitos do Estado com seis hospitais da região serão quitados. Até a próxima terça-feira, mais de R$ 2,6 milhões entrarão na conta das casas de saúde.
A maioria do valor é referente a programas, como o Porta de Entrada e Ambulatório de Especialidades, que não haviam sido pagos em março, abril e maio do ano passado.
Dentre os beneficiados, está o Hospital Bruno Born (HBB), de Lajeado, que receberá R$ 725 mil. O montante é referente aos meses de março, abril e novembro, dos programas Saúde Mental, Gestante de Alto Risco, de diárias da UTI, Samu e OPO.
O repasse foi o primeiro a ser anunciado na região, comunicado pelo próprio secretário estadual de Saúde, João Gabbardo. Até essa sexta-feira, parte da verba já havia sido depositada.
“Recebemos de novembro. Falta março e abril”, afirma o diretor-executivo, Cristiano Dickel. O valor será utilizado para diminuir uma espécie de cheque especial que o hospital tem com os bancos.
Porém, o Estado ainda deve à casa de saúde cerca de R$ 2 milhões, referentes a processos administrativos, de atendimentos já realizados, desde 2013.
Alívio
Para o Hospital de Caridade São José, de Taquari, o repasse também trará um desafogo. De acordo com o coordenador da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Ramon Zuchetti, a situação da casa de saúde era a mais preocupante.
Isso porque a falta de recursos acarretou na suspensão dos serviços ambulatoriais, nas especialidades de traumatologia, ortopedia, cirurgia geral, otorrinolaringologia e oftalmologia. “Felizmente não tínhamos muita dificuldade. Mas víamos que os hospitais estavam começando a sentir, e a situação ficaria muito complicada.”
Ao todo, o Estado está quitando as dívidas com 285 hospitais – 85% do total. Já são R$ 214 milhões repassados. De acordo com o secretário Gabbardo, os hospitais que não foram incluídos nesses pagamentos serão chamados e, nos próximos 30 dias, receberão uma proposta para a quitação dos débitos.
De Fora
O Hospital Ouro Branco, de Teutônia, e Hospital Estrela ficaram sem pagamento. De acordo com o diretor-executivo do Ouro Branco, André Lagemann, o Estado deve R$ 1,2 milhão à casa de saúde.
Valor referente aos programas Porta de Entrada, Saúde Mental e Ambulatório de Especialidades, de março, abril, maio e dezembro.
No mês passado, o problema fez a folha ser quitada com atraso. Para fevereiro, uma subvenção de R$ 300 mil do governo municipal manterá o pagamento em dia. “Graças ao apoio das prefeituras conseguimos dar continuidade aos serviços.”
Em Estrela, a dívida está em R$ 1,4 milhão, de cinco meses do ano passado. A situação acarretou no parcelamento da folha de janeiro, e atraso das férias.
O pagamento deste mês dos funcionários ainda não estaria confirmado. Segundo a direção da casa, não há possibilidade de suspensão dos serviços.