Silvana Covatti comemora economia

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Silvana Covatti comemora economia

Presidente da Assembleia presta contas da gestão 2016

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Primeira mulher a presidir o parlamento gaúcho, Silvana Covatti (PP) apresentou o relatório da gestão 2016 em reunião na manhã de ontem na Assembleia Legislativa (AL). Além de prestar contas, Silvana fez um balanço dos acontecimentos que marcaram o ano.

Entre as polêmicas apontadas pela presidente, estão a votação do pacote de austeridade proposto pelo Piratini, que culminou com protestos em frente à AL, a invasão do parlamento por estudantes secundaristas, a cassação do mandato do deputado Mário Jardel (PSD) e os pedidos de impeachment do governador Sartori.

“Consegui manter a segurança e a postura necessárias para enfrentar todas essas situações”, afirma. Silvana também apresentou um resumo das principais atividades desenvolvidas no ano passado e destacou o empenho dos deputados e servidores em reduzir os gastos do Legislativo. Segundo ela, houve redução de 25,5% do valor das diárias pagas em todos os setores.

“Mesmo em um ano eleitoral, em que é importante estar próximo às bases, contamos com a solidariedade dos deputados que diminuíram o número de viagens de forma significativa”, ressalta. A renegociação de contratos resultou em diminuição de R$ 1,5 milhão em despesas. Ainda houve redução de 9,9% em gastos com telefonia e de 25,3% em correspondências.

A presidente destacou também o investimento na modernização dos sistemas de tecnologia da informação da AL. Conforme Silvana, foram empenhados R$ 9,6 milhões nas instalações do Palácio Farroupilha, maior investimento em infraestrutura e serviços dos últimos dez anos.

O parlamento representa 1,29% do orçamento do Estado, valor equivalente a R$ 600,9 milhões. Os R$ 38,5 milhões economizados na AL ficam disponíveis nos cofres do Executivo.

Preferência pelo diálogo

Silvana Covatti alega ter optado pelo diálogo durante as decisões à frente da AL. Cita como exemplo a ocupação do parlamento por parte do movimento estudantil, quando as negociações iniciaram na manhã de um dia e terminaram apenas na noite seguinte.

“Com muita calma, conseguimos chegar a um consenso com os jovens, e a partir daí se iniciou um processo de negociação que conseguiu encerrar as ocupações nas escolas gaúchas”, aponta. Lembra ainda a mediação entre as diferentes categorias de servidores e movimentos sociais em relação às propostas do Executivo.

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(SEM LEGENDA)

“Conduzi o trabalho em cima do regimento interno da casa”

A Hora – Como avalia o ano em que esteve como presidente do parlamento gaúcho?

Silvana Covatti – Busquei fazer tudo o que pude com responsabilidade. Não sei se atingi 100% dos meus objetivos, mas trabalhei para alcançar. Procurei ser pragmática no meu mandato e a prestação de contas mostra isso. Preciso relatar o que é a experiência de uma mulher na condução dos trabalhos do Legislativo. Acredito que cumpri minha missão e a meta trilhada por meio do tripé gestão, participação e igualdade.

A gestão à frente da Assembleia enfrentou a polêmica do pacote de austeridade do governo estadual. Qual sua avaliação sobre as votações?

Silvana – Foi o momento em que pude provar que não estava aqui por acaso. Conduzi o trabalho em cima do regimento interno da casa. Houve pressão para que eu pudesse votar durante a discussão sobre o duodécimo, mas me mantive firme. A firmeza que tive em 2016 consolidou meu trabalho. Foi um dos momentos mais tensos que vivi na presidência, porque aqui dentro tínhamos 55 deputados e os parlamentares também sofrem as pressões dos eleitores. O parlamento foi grandioso, porque a sociedade exigia uma decisão. Estávamos nervosos e esperando fazer o melhor, enquanto o povo lá fora lutava por seus direitos. Tive muita serenidade para conduzir o trabalho nesse momento em que tivemos mais de 60 horas de debates.

A Assembleia ficou cercada por vários meses durante os protestos dos servidores. Você acha que a decisão de sitiar o parlamento foi acertada?

Silvana – Naquele momento, eu tinha que tomar uma atitude porque os ânimos estavam acirrados lá fora e aqui dentro. Tenho que zelar pelo patrimônio público. Tivemos essa preocupação e restringimos a entrada na casa. Distribuímos senhas para pessoas favoráveis e contrárias acompanharem a votação. Acho que foi a decisão correta.

Como a crise financeira influenciou os trabalhos da AL?

Silvana – Procurei enquadrar o parlamento para que, apesar da crise, a Assembleia realize os pagamentos de salário e 13º em dia. Com a parceria dos deputados e servidores, enxugamos contas de água, economizamos em telefone, diárias. A economia total foi de R$ 38 milhões e garantiu o funcionamento da casa. Estamos investindo em tecnologia para que o parlamento possa se modernizar. Também contribuímos com o caixa do governo do Estado.

A presidência em 2017 será ocupada pelo deputado Edegar Pretto (PT), que faz oposição ao governo Sartori. Como está o processo de transição?

Silvana – A minha transição está sendo de alta categoria, com muita transparência. Eu e o deputado Edegar Pretto somos da mesma origem e temos a mesma base. Sempre tivemos uma relação muito humana e uma boa harmonia, por isso, é uma transição tranquila.

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