Doações dos próprios candidatos garantem campanha a prefeito

Vale do Taquari

Doações dos próprios candidatos garantem campanha a prefeito

Sem recursos privados, postulantes foram os maiores investidores

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Doações dos próprios candidatos garantem campanha a prefeito
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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

No primeiro ano em que a participação financeira das empresas para campanhas eleitorais foi proibida, os candidatos da região foram seus principais financiadores. Sem contar com recursos privados, e com pouco dinheiro de pessoas físicas, os concorrentes a prefeito precisaram mexer no bolso. Os dados estão disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tabula as contas entregues

Em Lajeado, os três cabeças de chapa desembolsaram R$ 281,7 mil, o que representa 30% do total arrecadado pelos três concorrentes. O vencedor do pleito, Marcelo Caumo (PP), foi quem menos gastou o próprio dinheiro. O progressista investiu R$ 56,7 mil, o que representa 29,2% dos valores absolutos. Apesar da participação mais discreta no financiamento, Caumo contou com o apoio da candidata a vice, Glaucia Schumacher, que doou R$ 57,9 mil.

Diferente do prefeito eleito em Lajeado, Luís Fernando Schmidt (PT) e Márcia Scherer (PMDB) foram os principais investidores nas campanhas. O primeiro gastou R$ 100 mil, ou 80,4%, para tentar a reeleição. Mesmo investindo um pouco mais que o concorrente (R$ 125 mil), os recursos disponibilizados pela delegada Márcia tiveram um impacto um pouco menor na arrecadação total de 74,6%.

Em Estrela, o vencedor Rafael Mallmann (PMDB) ficou em segundo entre os que mais gastaram. O reeleito gastou R$ 16 mil de recursos próprios, 53,1% das receitas. Enquanto isso, o terceiro colocado no pleito, Aloísio Mallmann, financiou 94,7%, investindo R$ 92,9 mil. À frente da chapa que menos arrecadou, Joel Mallmann também é o candidato com a participação mais tímida na captação de recursos. O concorrente doou apenas R$ 150, o que representou 0,6% do total.

Contas no vermelho

Segundo as contas apresentadas no TST, dois candidatos terminaram a corrida eleitoral com dívidas pendentes. Prefeito eleito em Encantado, Adroaldo Conzati (PDMB) gastou R$ 7,5 mil mais do que arrecadou.

O rombo nas contas de Conzatti pode ser considerado pequeno se comparado com as contas de Luís Fernando Schmidt (PT). O atual prefeito de Lajeado encerrou a campanha com uma dívida de R$ 142,8 mil. O período para envio das prestações de contas encerrou no dia 1º deste mês.

Doações espontâneas

Em Teutônia, a regra de poucas doações de pessoas físicas foi quebrada. Dos três postulantes, apenas Celso Forneck (PDT) foi o principal financiador da chapa. Mesmo assim, os R$ 7 mil doados por ele representaram 36,8% da arrecadação. Os outros dois concorrentes tiveram participação financeira proporcionalmente ainda menor.

O eleito Jonatan Bronstrup (PSDB) gastou o mesmo que Forneck, entretanto, o valor é apenas 12,6% dos recursos utilizados. Campeão em arrecadação no município, Evandro Biondo (PMDB) foi responsável por apenas R$ 650 dos R$ 86,6 mil arrecadados.

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