Conzatti promete extinguir 4 secretarias

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Conzatti promete extinguir 4 secretarias

Medida visa reduzir 40% das despesas para direcionar recursos em investimentos

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O prefeito eleito Adroaldo Conzatti (PSDB) projeta uma série de ações para reduzir despesas. A meta é passar o pente-fino em contratos terceirizados, secretarias e cargos em comissão. Segundo o tucano, tudo será revisto para atingir uma economia de 40%.

Por enquanto, pretende reduzir quatro secretarias. Os CCs e as FGs também passarão pelo processo de enxugamento. O governo pretende ocupar os espaços com servidores efetivos. “Os CCs serão nomeados para complementar funções que não podem ser ocupadas por servidores concursados.”

A medida faz parte do plano de governo do tucano e foi debatida durante as reuniões com a comunidade no período eleitoral. O corte de gastos é considerado um mecanismo necessário para garantir eficiência e acabar com os decretos de turno único.

As ações visam garantir investimentos próprios em projetos como o asfaltamento no interior e o calçamento de 100% das vias da área urbana. A equipe do prefeito analisa quais serão as pastas absorvidas. Segundo o tucano, o anúncio do secretariado deve ocorrer na segunda quinzena de dezembro.

Para a próxima gestão, o município deve criar uma Ouvidoria Geral. O órgão terá a responsabilidade de controlar os prazos das ações executadas pelas secretarias.

Conzatti é vereador e faz parte do atual governo. De acordo com ele, a equipe de transição se reuniu poucas vezes e o processo ocorre de forma “tranquila”. O tucano disse não ter solicitado o número total de CCs e FGs nomeados no município. Conforme ele, as informações estão na legislação.

“Não deverá acontecer turno único a partir do próximo ano”

A Hora – A redução de secretarias faz parte de um item do plano de governo. Por que essa medida será adotada?

Adroaldo Conzatti – Essa é uma ação obrigatória. O município precisa decretar turno único em outubro, praticamente todos os anos. Isso representa serviços congelados por cinco meses, quando nada acontece.

Se reduzir as secretarias, não haverá mais turno único?

Conzatti – Não deverá acontecer turno único a partir do próximo ano.

Quais serão as pastas que passarão pela junção?

Conzatti – Estamos fazendo uma análise. A partir de 2017 precisaremos fazer uma readequação das pastas e do orçamento projetado para aquelas absorvidas. Após o estudo, anunciaremos quais serão enxugadas. Trabalharemos com quatro secretarias a menos, no mínimo, pode ser mais. De dez vamos passar para seis. Também queremos reduzir o número de CCs e FGs.

Quantos CCs e FGs serão cortados?

Conzatti – Não sei. Estamos elaborando o processo de estudo para verificar quantos serão realocados.

Quantos estão no governo hoje?

Conzatti – Foram criados cerca de 67 cargos, mas não tenho o número exato de quantos atuam na administração. Alguns foram exonerados faz pouco tempo e não sei o dado exato.

Qual é a economia esperada?

Conzatti – Nossa meta é reduzir 40% do total das despesas do município.

Quanto representam os gastos das secretarias, dos CCs e FGs?

Conzatti – Não tenho esse dado.

O corte de secretarias, CCs e FGs pode ter algum impacto político com a base aliada?

Conzatti – Não. A maioria dos cargos que será reduzida faz parte das secretarias que serão extintas e faziam parte do partido que deixou o governo.

Quando os secretários serão anunciados?

Conzatti – Vamos nomear secretários para as pastas base – Saúde, Educação, Fazenda e Administração. O anúncio ocorre na segunda quinzena de dezembro. Estamos avaliando alguns nomes. Vamos criar, para a próxima gestão, a Ouvidoria Geral do município. Esse espaço vai absorver algumas pessoas e funções das secretarias reduzidas.

O que será a Ouvidoria Geral? Ela terá status de secretaria?

Conzatti – Esse espaço será maior. A Ouvidoria terá a tarefa de cobrar ações das secretarias. Esse será um órgão que terá contato permanente com a população e com cada pasta. A atribuição desse setor será monitorar e cobrar prazos para execução das metas das secretarias.

Como funcionará o projeto de asfalto comunitário? A proposta visa o asfaltamento de vias do interior e está no plano de governo?

Conzatti – O município disponibilizará os equipamentos, britador e o pessoal para fazer a base. Será licitada apenas a camada asfáltica. A comunidade participará auxiliando nos alargamentos das vias, nos desmatamentos, remoção de cercas sem gerar custos ao município. Essa é uma meta muito esperada pela população.

Tendo em vista o momento econômico, haverá recursos para licitar a camada asfáltica?

Conzatti – Com certeza teremos recursos. Se tivermos uma economia de 40% nos gastos restará recursos para fazer investimentos. As máquinas trabalharão 12 meses e não sete, como ocorre hoje. Nossa proposta é asfaltar 20 km em quatro anos. Acreditamos que conseguiremos fazer. Com essa fórmula reduziremos o custo do calçamento pela quarta parte. Buscaremos fontes de financiamento, mas pretendemos viabilizar com nossas economias.

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