Legislativo dá sobrevida à Clínica Central

Lajeado

Legislativo dá sobrevida à Clínica Central

Vereadores destinaram R$ 120 mil do orçamento para a manutenção da clínica

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Foi aprovado por unanimidade o projeto de lei autorizando repasse de R$ 120 mil à Clínica Central. Os recursos foram solicitados pela direção da entidade, após meses de dificuldades financeiras em função da ausência de alvará por parte da Vigilância Sanitária do Estado. Valores servem para despesas com folha de pagamento, 13º salário, férias e demissões.

Conforme a íntegra do projeto aprovado na sessão de ontem, os recursos “somente serão liberados mediante assinatura de convênio, apresentação de documentação legal e indicação de conta específica para o depósito do valor”.

Além disso, a entidade deverá comprovar financeiramente, no prazo estipulado no convênio, junto à Equipe de Prestação de Contas da Prefeitura, a destinação dos recursos conforme sua finalidade. Para o presidente da Central, Nadir Malfatti, o recurso é aguardado com ansiedade pela direção. “A situação terá uma melhora. A nós, cabe mais esforço e ajustes para seguir.”

O presidente descarta, por ora, qualquer possibilidade de fechamento da clínica. Malfatti garante ter superado as maiores dificuldades. “Nós pedimos R$ 150 mil, e eles chegaram a falar em R$ 132 mil. No fim, fechou em R$ 120 mil. Precisávamos mais, no entanto, agradecemos o esforço dos vereadores e vamos nos adequar para seguir trabalhando de acordo com nossas limitações.”

Projetos aprovados

Ontem, havia 17 projetos de lei em votação, além dos acordos. Entre as propostas da ordem do dia que foram aprovadas, destaque para a criação do Centro de Referência da Mulher em Lajeado, a autorização para convênio com a Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Sul e, por fim, a abertura de crédito especial no valor de R$ 5,9 milhões para abastecer o fundo do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).

“A vereadora cometeu crime eleitoral”

Na sessão de ontem, os vereadores de oposição, Carlos Ranzi (PMDB), Delmar Portz (PSDB), Antônio Schefer (PMDB) e Círio Schneider (PP) criticaram a postura da parlamentar, Eloede Conzatti (PT), que admitiu ter auxiliado financeiramente os alunos da Escola Estadual Érico Veríssimo, durante a ocupação dos estudantes.

“A vereadora, com toda certeza, cometeu crime eleitoral ao dar dinheiro para os alunos. Sugiro a abertura de uma Comissão Transitória para verificarmos essa situação”, diz Portz. Para Schefer, o caso precisa ser denunciado à Promotoria da Criança e da Juventude. “Os pais estão revoltados. As crianças ficaram no frio dentro do colégio.” Schneider a chamou de “guerrilheira”.

Eloede confirma ter auxiliado os estudantes com alimentos, mas rechaça as opiniões de que teria “comprado” alunos. Para ela, a manifestação foi espontânea e, diante disso, seria desnecessário “comprar” manifestantes. “Fui professora por dez anos naquela escola. Também fui diretora. E sempre trabalhei com movimentos estudantis”, afirma.

Líder de governo na câmara, Sérgio Kniphoff (PT) defendeu a colega e também elogiou a ocupação dos alunos. “Foi um movimento digno, que me dá esperança.” Para o vereador, os estudantes que ocuparam a escola estadual lutam “por mais respeito à educação.”

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