A exposição “Renascer” da fotógrafa Carolina Leipnitz fica até sábado no Espaço Arte 7 e 8, da Univates. As imagens de mulheres e famílias nos dias finais da gestação até o dia do parto mostram com detalhamento as expressões emocionais.
A prática em registrar esses momentos iniciou há um ano. Carolina decidiu se aprofundar no renascimento do parto e se aproximou de mulheres grávidas que buscavam parir em uma adaptação mais natural. Após as primeiras imagens, uma amostra do trabalho. “A exposição se tornou um marco nesse sentido, pois foi o meu renascimento pessoal e profissional.”
Carolina afirma que o parto humanizado envolve entrega e respeito do fotógrafo pelo evento que deve ser tratado como sagrado, de respeito pelo casal, ambiente e outros profissionais. Para ela, é preciso capturar com técnica e sensibilidade, pois se trata de uma responsabilidade acentuada. “Vai além da fotografia”, diz.
A exposição visa também o empoderamento das mulheres, estimulando o parto natural, encorajando-as por meio de informação e também respeitando a sua liberdade de escolha sobre como ter seu filho.
Carolina fez o curso de fotografia de parto Além d’Olhar e curso de Doula pela Ando (Associação Nacional de Doulas). Cadastrada na International Association of Professional Birth Photographers (IAPBP), defende a naturalização do parto.
Realizou a primeira exposição, “Pontos de Partida, Pontos de Vista e Voos de Espírito”, em 2006. Coordenou a “Mostra Fotográfica Virando Lata” em 2008, exposição que circulou por diversas cidades do RS e Santa Catarina. Transformou as viagens pela América do Sul na mostra “Rica América”, em 2012, e “Um Segundo de Solidão”, em 2014.
Imagens da emoção
O parto natural traz inúmeros benefícios para a mãe e para a criança, mas ainda é um desafio para muitas mulheres. No Brasil, chegamos a um número alarmante de cesáreas em hospitais particulares, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que apenas 10 a 15% dos partos necessitam realmente de intervenção.
A exposição “Renascer” retrata mulheres e famílias durante esse momento. Faz uma viagem pelo corpo humano na sua divindade em parir e na sua adaptação natural para esse momento. A intenção é de levar a exposição para outras galerias do mundo.
