Moradores ficam sem água por 15 horas

Lajeado

Moradores ficam sem água por 15 horas

Interrupções no fornecimento atingem casas do loteamento Beuer, em Conventos

Moradores ficam sem água por 15 horas

As frequentes interrupções no fornecimento de água incomodam os moradores do loteamento Beuer, no bairro Conventos. Na sexta-feira passada, a comunidade ficou sem o serviço por mais de 15 horas.

Segundo os moradores, a falta de água se tornou contínua após o início de obras em conjuntos habitacionais. Afirmam que a demanda da construção civil supera a capacidade instalada pela associação que gere o fornecimento do bairro.

A calçadista Janaína Berté Sterz, 31, diz que o problema é frequente. Segundo ela, sexta-feira o fornecimento foi interrompido às 8h e só voltou às 23h.

Moradora do bairro faz um ano e meio, relata que ao menos duas vezes por semana precisa esperar o retorno do serviço para dar banho nos filhos de 2 e 11 anos. “Atrasa tudo, eles vão dormir tarde e precisam acordar cedo.”
Responsável por uma construção na parte alta do bairro, o mestre de obras Alexandre Schmitt, 42, afirma que as interrupções no fornecimento prejudicam o trabalho e podem atrasar a entrega da obra.

“A cada corte, a construção precisa ser interrompida”, alega. Segundo ele, quando não há previsão de retorno, os trabalhadores perdem o dia de trabalho.
Lembra de um conjunto de sobrados que está em construção e tem previsão de entrega para cerca de sete meses. “O atraso pode superar um mês.”

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O construtor defende mudança na rede de fornecimento e na organização do sistema. A tubulação, segundo ele, tem uma espessura de 50 mm – tamanho pequeno para a demanda de vazão do bairro. “Tem que trocar, pois a demanda vai aumentar ainda mais.”

Para ele, a melhor opção seria passar o serviço para a Corsan. Em 2013, os moradores se reuniram para discutir a possibilidade de a Companhia assumir o fornecimento. Na época, a comunidade decidiu manter a gestão sob responsabilidade da associação de água.

Número de moradores aumenta

Moradora do loteamento faz dois anos, a cozinheira Merlise Bald, 49, afirma que as quedas são compreensíveis devido ao crescimento do bairro. Mesmo assim, reclama que o problema está se tornando cada vez mais frequente. Para ela, os trabalhadores que realizam a construção do asfalto em ruas próximas devem evitar danos na rede.

O aposentado Deolindo Delazeri, 64, também aponta o aumento do número de moradores como causa do problema. Morador do bairro faz seis meses, contabilizou ao menos dez novos conjuntos habitacionais. “Isso aumenta a demanda por água tanto para as obras quanto para os novos moradores.”

De acordo com o construtor civil Afonso Both, 52, quem trabalha em obras no bairro precisa armazenar água da chuva. “Não dá para depender só do fornecimento de associações ou da Corsan.”

Na casa de Noêmia Krein, 47, foi preciso abrir cinco vezes uma parede para desentupir o registro devido ao acúmulo de resíduos gerados pela falta de água. Moradora do loteamento faz três anos, realça que quando tem água falta pressão.

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