Partidos articulam as novas coligações

Vale do Taquari

Partidos articulam as novas coligações

A campanha eleitoral inicia oficialmente no dia 16 de agosto. Mas partidos e correligionários já correm contra o tempo para garantir novas filiações e apoio para os futuros candidatos. Nas cinco principais cidades da região, não há coligações 100% definidas. Trocas de partidos, novos nomes, e muitas especulações formam o ambiente político no início do ano eleitoral

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Atualizado quarta-feira,
30 de Janeiro de 2016 às 17:37

Partidos articulam as novas coligações

A menos de nove meses das eleições para prefeito, vice e novas composições das câmaras, os partidos da região agilizam as coligações para a conquista do maior número de eleitores. Sancionada em 2015, a Lei da Reforma Política força correligionários a buscarem alternativas ao menor tempo de campanha e à proibição das doações de recursos por empresas privadas.

Mais populoso município do Vale do Taquari, em Lajeado surgem sucessivas informações sobre possíveis pré-candidatos. A saída do PMDB da coligação vencedora do pleito de 2012 mudou por completo o panorama previamente desenhado para as eleições de outubro. A direção peemedebista estuda lançar candidato próprio, e busca apoio de outros partidos.

Do outro lado, o PT demonstra confiança na reeleição do atual prefeito. Luís Fernando Schmidt foi eleito ao lado de Vilsinho Jacques com 27,5 mil votos em 2012, o que significa 64,5% do total de eleitores. Foram 14,5 mil a mais do que seu opositor, Marcelo Caumo, do PP. Juliana Baioco, pelo PV, foi a terceira concorrente. Ela conquistou 1,9 mil votos.

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Presidente do PT em Lajeado, o suplente de vereador, Ricardo Ewald, fala da importância de manter os partidos coligados que apostaram no plano de governo exposto em 2012. Hoje, seguem com Schmidt representantes das siglas do PDT, PTB, PSC, PPS, PSB, PPL, além dos novos na cidade, REDE, PROS e PSD.

“Se a última reunião do diretório fosse hoje, Schmidt e Vilsinho estariam confirmados na chapa. O partido tem confiança no nome deles. Mas nada está 100% definido”, avisa Ewald.

O fator PMDB

Hoje, o PMDB tem mais de 900 filiados. Também possui três cadeiras na câmara de vereadores, com Djalmo da Rosa, Adi Cerutti e Carlos Ranzi. Após romper com o PT, o partido perdeu o atual vice-prefeito. Cogitado pelo PTB, Jacques é pré-candidato a vice na chapa que será encabeçada pelo atual prefeito, Luís Fernando Schmidt.

A possibilidade de oposição que mais vem ganhando destaque é uma coligação entre o PMDB e o PP. Esse último, responsável por encabeçar chapas e vencer nas eleições de 1996 e 2000, com Cláudio Schumacher, e 2004 e 2008, com Carmen Regina Cardoso. No pleito de 2012, os progressistas lançaram o advogado Marcelo Caumo, que perdeu para Schmidt.

Apesar das recentes conversas entre correligionários do PP e do PMDB, o fato de ambos almejarem o cargo de prefeito pode inviabilizar uma possível – e inédita – coligação. Presidente peemedebista, o empresário Celso Cervi está decidido desde o ano passado a indicar o candidato a majoritária. “Vamos seguir aguardando a definição deles, assim como de outros partidos.”

Entre os nomes cogitados pelo PMDB para dirigir a prefeitura a partir de 2017, está a delegada de polícia Márcia Scherer, que recentemente fixou residência no centro de Lajeado. Ela nunca participou de pleito semelhante, mas poderá encabeçar uma possível coligação. Em junho passado, foi agraciada com o título de Cidadã Lajeadense. “A Márcia é nossa candidata. Estamos preparando-a para isso”, atesta Cervi.

Carlos Ranzi é outra especulação dentro do partido. Foi vereador suplente entre 2008 e 2012, após conquistar 383 votos. Já na eleição passada, ele conseguiu ser eleito – por média – para uma cadeira no Legislativo com 677 votos, ou 1,57% do eleitorado participativo lajeadense. Em 2015, o peemedebista nascido em São Lourenço do Oeste (SC), foi o presidente da câmara.

Progressistas querem indicar prefeito

O atual presidente do PP, Isidoro Fornari, colocou o nome à disposição para concorrer a prefeito. Nas redes sociais, chegou a compartilhar conteúdo sobre uma possível dobradinha dele com o vereador, Adi Cerutti, que atuou como secretário de Obras entre 2013 e 2015. Para se unir com o PP, Cerutti deixaria o PMDB e se filiaria ao PSD, partido coligado, hoje, com o PT.

Fornari foi candidato a deputado estadual em 2010, alcançando 13,5 mil, número insuficiente para uma cadeira na Assembleia Legislativa. Ele enfrenta concorrência interna dentro do PP. Marcelo Caumo também almeja concorrer novamente ao cargo de prefeito.

“Temos nomes para candidatos a prefeito. Eu sou um deles, mas há outros fortes. Essa é a situação atual. O partido se acha em condições de indicar o principal nome. Não é nossa ideia coligar com PMDB neste momento. Mas indicar o nome a prefeito não é uma imposição para nos coligarmos. As conversas seguirão.”

Há outros nomes cogitados na reunião do diretório nessa quarta-feira. Os principais são do vereador suplente e ex-secretário de Obras, Mozart Lopes, e do parlamentar Waldir Gisch. Já correligionários tradicionais do PP, como Cláudio Schumacher e Carmen Regina Cardoso atestam que não participam do pleito como candidatos, apenas como coordenadores ou apoiadores.

Outros partidos se movimentam
PSDB, DEM, PSB e REDE já cogitaram emplacar candidatos ao cargo majoritário. Pelo partido tucano, o empresário Ito Lanius seria o cabeça de chapa. Pelo Democratas, o nome de Leodir Degasperi é a indicação. O PSB segue coligado com o PT, mas não descarta indicar o atual secretário da Fazenda, José Bullé, para prefeito. Pelo REDE, o vereador Ildo Salvi foi cogitado.

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