Lajeado – O Hospital Bruno Born (HBB) alerta pacientes e familiares para uma tentativa de golpe. Um estelionatário estaria se passando por médico e pedindo depósitos em dinheiro a parentes de pessoas internadas na UTI, supostamente para a realização de exames particulares.
De acordo com o HBB, o golpe é semelhante ao registrado em setembro do ano passado. Por telefone, o estelionatário se passa por um médico da Central de Regulações de Leitos da UTI do Estado e solicita dados dos pacientes internados na unidade de adultos.
Conforme o hospital, o procedimento é rotina na central de regulações. De posse do nome, idade e telefone dos pacientes, o criminoso contata com familiares. Dizendo ser médico do HBB e estar de plantão, inventa a necessidade de um exame de urgência.
O falso médico afirma que o aparelho necessário para realizar o suposto exame por meio do SUS está estragado. Em seguida, diz que será necessária uma máquina particular, cuja utilização custaria R$ 1,5 mil para a família.
Para dar dramaticidade ao golpe, o estelionatário alega que o paciente pode morrer em até quatro horas caso o exame não seja realizado. O HBB informa à comunidade que esses procedimentos não fazem partem rotina da instituição e que os exames de origem SUS não são cobrados.
Segundo o hospital, apesar das tentativas, nenhuma pessoa foi vítima do golpe. A instituição pede aos familiares que desconsiderem qualquer contato desse tipo por se tratar de fraude.
Sem registro
Na Polícia Civil de Lajeado, não há registro recente de estelionato ou tentativa de estelionato cometido dessa forma. O delegado Juliano Stobbe orienta vítimas a comunicarem a ocorrência na delegacia, mesmo se não caírem no golpe.
“As vezes deixamos de investigar porque as pessoas não registram”, ressalta. Segundo ele, o trabalho de investigação da policia pode tirar golpista de circulação, impedindo que mais pessoas sejam lesadas.
Outros casos
O Hospital Sebastião Mártir, de Venâncio Aires, publicou ontem uma nota de alerta sobre golpes praticados contra pacientes do SUS. Conforme a instituição, os golpistas ligam para familiares e exigem pagamentos por internações, exames e procedimentos cirúrgicos.
Pessoas que forem detidas por cometer tais fraudes podem ser acusadas pelos crimes de estelionato e de extorsão, previstos nos artigos 171 e 158 do Código Penal.
A pena por estelionato varia de um a cinco anos de reclusão, além de multa. Para extorsão, vai de quatro a dez anos de reclusão, mais multa.
