Contrato da UPA é renovado por 6 meses

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Contrato da UPA é renovado por 6 meses

Executivo estuda lançar licitação e negociar convênio com outros municípios

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Lajeado – A gestão da UPA do bairro Moinhos D’água permanecerá com a Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV) pelo menos até setembro. A renovação do contrato ocorreu no início do mês, após o município cogitar o rompimento do acordo em função do alto custo dos serviços. O Hospital Bruno Born (HBB) chegou a ser cogitado para assumir a estrutura, mas a diretoria não aceitou.

02De acordo com a Secretaria de Saúde (Sesa), a FHGV receberá, no máximo, R$ 748 mil mensais pelo contrato. Isso porque em alguns meses esse valor poderá ser menor em função da variação de insumos. A intenção original do Executivo era baixar o valor para R$ 600 mil. No entanto só a folha salarial custa cerca de R$ 630 mil mensais com os 39 médicos atuando 2,3 mil horas por mês.

Segundo o secretário da Sesa, Glademir Schwingel, o período de seis meses servirá para avaliar, por meio de um grupo de estudo, alternativas ao contrato de gestão e dos valores que são aplicados. “Não encontramos nenhum valor inferior. Mas a medida é para termos tempo hábil para avaliar.”

Ele afirma que a própria FHGV apoia a medida e reconhece o “direito do município avaliar soluções alternativas e vantajosas”. Contratada no início de 2014 sem processo licitatório, a fundação já recebeu mais de R$ 5,5 milhões de recursos municipais, estaduais e federais por um ano de contrato. Para aliviar a conta, a Sesa mantém a expectativa de conveniar com municípios vizinhos e ratear custos.

Até o fim de fevereiro, foram realizados mais de 49 mil atendimentos, 10,5 mil exames laboratoriais e 4,6 mil procedimentos. Em agosto de 2014, foi instalado o setor de radiologia, que já registra mais de 3,8 mil exames de raio-X. A UPA tem capacidade para 300 atendimentos por dia e conta com 75 funcionários. Lá, são realizados atendimentos de urgência e emergência (adulto e pediátrico), exames laboratoriais e serviço de imagem

Licitação em vista

O governo municipal pretende avaliar a possibilidade de lançar um processo licitatório antes do fim do novo contrato. Segundo Schwingel, a medida só será aplicada se houver possibilidade de redução nos custos. “Optaremos pelo edital de licitação se ficar provado que há medida mais econômica com qualidade. Mas não temos nenhum indicativo de que o custo reduza. Pelo contrário, consultas feitas mostram valores bem superiores.”

Schwingel informa que essas informações foram discutidas internamente. Segundo ele, a UPA custa em média RS 618 mil mensais hoje. O primeiro contrato assinado no início de 2014 previa R$ 940 mil mensais, mas desde a metade do ano passado o valor já havia sido reduzido para pouco mais de R$ 730 mil por mês. Atrasos nos repasses do Estado e da União também atrapalham a gestão.

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