HBB recusa assumir a gestão da UPA

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HBB recusa assumir a gestão da UPA

Finanças e desconfiança quanto ao repasse de recursos públicos são as razões

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Lajeado – A maioria dos diretores do Hospital Bruno Born (HBB) descarta a possibilidade de assumir a gestão da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). Até o momento, não há uma proposta oficial da administração municipal, mas o secretário de Saúde, Glademir Schwingel, comentou sobre essa possibilidade, após anunciar a intenção de rever o contrato atual. Dificuldades financeiras, reestruturação de serviços e contenção de despesas adotadas pela instituição de saúde inviabilizam o compromisso.

02O presidente do HBB, Claudinei Fracaro, confirma as discussões sobre a gestão da UPA. “Isso é analisado desde a abertura da unidade. Há pessoas aqui favoráveis, mas o problema são os riscos de depender apenas de recursos públicos.”

Relembra os problemas enfrentados até pelo Executivo para custear os serviços hoje gerenciados pela Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV). “Eles querem inclusive reduzir o valor repassado.”

Fracaro reitera as dificuldades financeiras enfrentadas pelo hospital. “Estamos numa reestruturação total, fechando as torneiras para evitar gastos. Não há, hoje, estrutura para assumir a UPA.”

Para o presidente, o foco atual do HBB é buscar um maior faturamento para evitar o cancelamento de algumas especialidades disponíveis aos pacientes. “Seria errado assumirmos agora uma gerência cheia de incerteza.”

Confirma ainda a intenção de transformar o principal hospital do Vale do Taquari em um centro estadual de referência em alta complexidade. “Nosso foco não é atenção básica. Óbvio com cunho social e sempre pensando no bem estar de todos nossos pacientes.”

Apesar da negativa, cujo apoio do restante da direção é quase unânime, Fracaro prefere não encerrar as possibilidades. “Sempre pode haver negociação. Não vamos fechar nenhuma porta”, finaliza.

Em Venâncio Aires, hospital assumiu

A decisão de assumir a UPA já foi tomada por outros hospitais do Estado. Entre eles, o Hospital São Sebastião Mártir, de Venâncio Aires. A instituição assumiu por meio de um convênio sem licitação assinado com o prefeito, Airton Artus.

A unidade daquele município é de menor porte em comparação com a estrutura de Lajeado, e o custo inicial estava previsto para girar em torno de R$ 500 mil mensais.

Quem coordena os serviços da UPA no hospital é a gerente assistencial, Suzan Artus. Ela não soube responder quanto a unidade recebe em repasses. Também não precisou se há recursos atrasados.

Segundo Suzan, atuam 72 funcionários no local, nas áreas de enfermagem, médica, higienização, recepção, radiologia, eletricista, apoio administrativo, nutrição e dietética, serviço social, informática e farmácia.

Com base em janeiro a média de atendimentos é de 86 pacientes por dia e o HSSM ainda mantém o serviço de Pronto-Atendimento, com foco em Urgências e Emergências.” A UPA de Venâncio Aires foi inaugurada em junho de 2014. O Executivo de lá ainda busca parceria com municípios vizinhos, entre eles Passo do Sobrado, Vale Verde e Mato Leitão, para auxiliar no custeio da unidade.

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