Estrela – O debate para implantação do estacionamento rotativo pago é prematuro. Administração municipal, CDL, Câmara de Comércio, Indústria e Serviços (Cacis) e Legislativo discutem a possibilidade, ainda considerada distante por representantes das entidades. A proposta deverá fazer parte de um estudo mais detalhado sobre a mobilidade urbana na cidade. Hoje, placas em alguns pontos da área central alertam para o tempo limite de 15 minutos. No entanto, não há fiscalização.
Conforme o secretário de Planejamento, Marco Wermann, não existe definição sobre o tema. Ele admite que há muita reclamação por parte dos motoristas, principalmente pela falta de rotatividade das vagas localizadas próximas à sede do Executivo. “Há uma disputa de espaço entre moradores, funcionários do comércio e contribuintes que necessitam vir até a prefeitura”, cita.
Hoje, segundo Wermann, a falta de fiscalização não permite rodízio em alguns pontos onde o limite de tempo é de 15 minutos. A Brigada Militar (BM) está autorizada a multar os motoristas que desrespeitam a sinalização. Mas são poucos casos registrados. “Precisamos de uma guarda de trânsito municipal para essa fiscalização.”
Para o presidente da Cacis, Werno Arend, o problema de mobilidade urbana ocorre em todo o país. Afirma que a entidade apoiará a decisão da maioria dos empresários, e alerta para a necessidade de estudos antes de qualquer implementação. “Vamos pesquisar empresas que realizam esse tipo de serviço. Ele tem que gerar benefícios para a comunidade.”
Há uma proposta para contratação de cinco agentes de trânsito. Outros investimentos, como a ampliação do estacionamento junto a Feira do Produtor e também na antiga área da fábrica da Polar, também no centro da cidade. No entanto, ambos os locais seguem sendo pouco aproveitados pelos motoristas, que reclamam da distância com o comércio e a prefeitura.
Os problemas se concentram na rua Júlio de Castilhos e nas principais transversais da via. Também há dificuldades no entorno da praça Menna Barreto, onde quatro placas de 15 minutos foram instaladas há dois anos. Segundos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a frota do município cresceu de 20.351 unidades em 2011 para mais de 22 mil em 2014.