Vale do Taquari – O asfaltamento da VRS-811 e das ERSs 482 e 425 pode começar ainda neste mês. A afirmação é do secretário estadual de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, João Motta. As obras fazem parte do plano de pavimentação de acesso aos municípios do Vale do Taquari, no qual outras seis rodovias estão incluídas. Das demais, duas estão prontas, duas em andamento e duas paralisadas.
Superintendente regional do Daer, Hildo Mourão, convoca construtoras para ajustar os detalhes restantes. A assinatura do ordem de serviço dependerá de autorização da diretoria estadual da autarquia ou então do Estado. Neste mês, representante da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Seinfra) deve vir à região para apresentar novas informações sobre os serviços.
As três obras estavam previstas, desde 2012, para serem executadas por meio de financiamento do BNDS. Mas, segundo Motta, o valor destinado para as pavimentações se tornou insuficiente para fazer todos trabalhos estipulados. “Agora conseguimos R$ 10 milhões, oriundos do Proinveste. Este dinheiro já está disponível para o Daer”, afirma o secretário.
Além da falta de recurso para iniciar as pavimentações, a liberação travava em pendências contratuais. De acordo com Motta, todas estão resolvidas. No caso do acesso entre Capitão e Arroio do Meio, pela ERS-482, o problema tinha relação com a Construtora Beter. Mesma situação envolvia a ligação de Coqueiro Baixo a Nova Bréscia, pela ERS-425. Na VRS-811, de Travesseiro a Arroio do Meio, a dificuldade era o contrato com a Construtora Conpasul.
Foram inúmeras as reuniões entre líderes regionais com representantes do Daer e governo gaúcho. As primeiras, ligadas a atual gestão, iniciaram ainda em 2012. Na época, foi entregue abaixo-assinado de moradores de Arroio do Meio cobrando agilidade no reinício das obras. Além do asfalto, a obra prevê ainda a construção de três novas pontes.
O atraso na conclusão do asfaltamento de acessos aos municípios põe em risco o desenvolvimento econômico. A poeira, aliada às estradas em condições precárias, dificulta a disseminação de projetos, como a implementação de rotas turísticas, instalação de empresas e a atividade agropecuária. A agricultura familiar é uma das afetadas com a demora e sofre com o êxodo rural.
Demais acessos
A realidade contrasta com as promessas de gestores públicos, visto a afirmação do Estado de concluir o plano de obras até o fim de 2014. Um dos maiores entraves enfrentados pelo Daer envolve contados antigos, muitos pactuados em 1998. Valores e projetos feitos na época ficaram defasados.
Tal condição, por exemplo, emperra a conclusão do asfaltamento da ERS-421, no trecho entre Boqueirão do Leão e Sério. A obra está paralisada desde dezembro do ano passado, depois que o saldo contratual esgotou, forçando a abertura de nova licitação para concluir os serviços remanescentes.
Mesma situação ocorre no trecho entre Forquetinha e Sério, da mesma rodovia. Em ambos os casos, cerca de 80% do cronograma foi concluído pela construtura Giovanella. São necessárias novas licitações para concluir os serviços remanescentes.
Frustrações também enfrentam famílias que residem às margens da ERS-424, rodovia que liga Forquetinha a Canudos do Vale. A obra foi paralisada em abril do ano passado, restando apenas 200 metros a serem pavimentados.
O embargo se deve à readequação do projeto, pois moradores exigiram a construção de um ponte sobre o Arroio Araguari em vez de uma galeria. A alteração está em andamento.
Detalhe das obras
ERS-482: Ligação entre Capitão e Arroio do Meio. São 16,53 quilômetros, investimento inicial previsto em R$ 15,95 milhões.
ERS-425: Acesso entre Coqueiro Baixo e Nova Bréscia. Trecho possui 9,6 quilômetros e tinha estimativa de R$ 9,03 milhões.
VRS-811: Rodovia entre Arroio do Meio e Travesseiro, ligação por Vila Forqueta. Contrato inicial era de R$ 9,37 milhões. São 9,5 quilômetros.