Mulher é assassinada em frente à casa

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Mulher é assassinada em frente à casa

Empresária teria reagido ao assalto. Ela é a 24° vítima de assassinato neste ano

Lajeado – Nadir Tereza Rodrigues Kuhn, 43, morreu ontem em frente ao Edifício São Miguel, onde morava, no bairro Moinhos. A Polícia Civil investiga o suposto latrocínio.

04Como de costume, ela saía todos os dias por volta das 6h, para trabalhar. Auxiliava o marido em uma fábrica de massas, de propriedade da família. Sem garagem, deixava o Meriva estacionado em frente ao prédio, do outro lado da rua Cristiano Grünn.

Ontem, teria sido surpreendida por dois assaltantes no momento em que entrava no carro. Familiares acreditam que a vítima reagiu à abordagem, sendo atingida com um disparo de arma de fogo no rosto. Nadir morreu no local. Há cerca de meio ano, a vítima reagiu a uma tentativa de assalto no mesmo local e horário.

Os criminosos teriam fugido em uma motocicleta, levando a bolsa da mulher. O Instituto Geral de Perícias (IGP) de Porto Alegre, chegou ao local quatro horas e 30 minutos depois do crime. O corpo foi encaminhado ao IML de Lajeado.

Ainda na manhã de ontem, a polícia encontrou parte dos documentos da vítima na rua Carlos Spohr Filho, próximo ao Porto Seco. Segundo o delegado Sílvio Huppes, não há testemunhas sobre o ocorrido. A polícia pediu as imagens de câmeras de vigilância de residências próximas ao local do crime, para auxiliar na investigação. Mesmo assim, Huppes adianta que a área de abrangência das filmagens não alcançava o local dos disparos. “A princípio, eles teriam fugido pelo outro lado.”

Esse é o primeiro caso de latrocínio registrado no município em 2014. Em sete meses houve outros 23 homicídios na cidade. Huppes pede a contribuição das pessoas com informações, pelo telefone 197.

“Ela sempre foi corajosa, deve ter reagido”

Sobrinho da vítima, José Alexandre Rodrigues, 31, conversou com Nadir na noite anterior ao crime. “Foi pela rede social, ela estava faceira como sempre”, relembra. Abalado com a morte da tia, considerada como irmã, diz não compreender o ocorrido.

Relata a inexistência de inimigos ou ameaças. “Ela sempre foi corajosa, deve ter reagido”, cogita. Conta que há meio ano tentaram assaltá-la no mesmo local. Porém, ao ver que o homem estava desarmado, ela reagiu. Ao gritar por socorro, o criminoso acabou fugindo sem levar nada. Na época, não houve registro de ocorrência.

Outros parentes reclamam da demora na chegada dos peritos. “Fica atirada como um animal”, desabafa o marido. Familiares aguardam pela prisão dos culpados. Casada, Nadir deixa um filho de 13 anos.

Insegurança

Vizinhos estão assustados com a situação. Acostumados com pequenos furtos em diferentes ruas, relatam ser o primeiro assalto seguido de morte ocorrido nas proximidades em 30 anos. “Está deixando de ocorrer só em bairros mais simples”, diz uma das vizinhas.

Na rua, até então considerada tranquila pelos moradores, alguns empresários cogitam a implantação de novas medidas de segurança, como o cercamento da residência ou colocação de câmeras de vigilância.

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