Vale do Taquari – O Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Taquari (Consisa) quer uma resposta da Secretaria Estadual de Saúde (SES) sobre a chegada das oito novas ambulâncias do Samu. A coordenação da entidade regional espera marcar uma audiência com a secretária Sandra Maria Sales Fagundes na próxima semana.
Havia uma estimativa de as unidades começarem a ser distribuídas em junho. Conforme o secretário executivo do Consisa, Nilton Rolante, o veículo para Estrela, equipado com UTI móvel, deve ser o primeiro. “Por enquanto, temos uma informação extraoficial. Vamos nos reunir com a secretária para saber qual é a programação.”
A compra das ambulâncias parte do Ministério da Saúde (MS). A entrega depende do repasse da União ao Estado. As unidades serão encaminhadas para Marques de Souza, Arroio do Meio, Fazenda Vilanova, Ilópolis, São José do Herval, Dois Lajeados, Boqueirão do Leão, além da avançada para Estrela.
Com o repasse, o Vale terá 14 ambulâncias do Samu. Hoje, tem seis unidades. Elas custam cerca de R$ 250 mil por mês. Os governos estadual e federal repassam algo em torno dos R$ 190 mil/mês.
O custo para manter as equipes médicas, motoristas e veículos é dividido entre as administrações municipais. O cálculo considera o total da população. São R$ 0,23 por habitante.
Com as 14 unidades, o custo anual estimado alcança R$ 4,3 milhões. O Estado e a União devem pagar R$ 3,7 milhões. O restante depende de rateio entre os municípios da região.
Atendimento cresce nas rodovias
A justificativa do pedido regional por mais ambulâncias se deve à necessidade de atender acidentados em rodovias. Com o término da concessão privada dos pedágios, os chamados mais do que triplicaram nas estradas.
Antes, as empresas responsáveis pelas praças, atendiam os casos de colisões leves, sem vítimas em estado grave. De janeiro a abril de 2013, foram 41 acidentes com necessidade de intervenção do Samu nas ERS-130 e 453.
Nos oito meses subsequentes, passou para 159. Na BR-386, havia uma média de oito atendimentos por mês. Passou para 24.
Uma das preocupações da região está no trecho entre Fontoura Xavier e São José do Herval. São mais de 50 quilômetros sem serviços de socorro.
Em todas as rodovias da região, o total de atendimentos do Samu, no período posterior à troca dos pedágios, alcançou 274. Uma média de 45,6 por mês.
Neste ano, de janeiro a março, a coordenadoria regional do serviço registrou 96 chamados nas estradas pedagiadas.