País – A campanha nacional de vacinação contra gripe ocorre de 22 a 9 de maio. No próximo dia 26, haverá mobilização alusiva à campanha em todo o país. A União distribui 53,5 milhões de doses da vacina aos 27 estados.
O Rio Grande do Sul será contemplado com 3,8 milhões, em torno de 700 mil a mais em relação ao ano passado. O Ministério da Saúde (MS) pretende aplicar as doses em 80% do grupo prioritário – 49,6 milhões de brasileiros. O custo da campanha alcança R$ 14 milhões.
Crianças de seis meses a cinco anos, pessoas com mais de 60 anos, trabalhadores da saúde, povos indígenas, gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto), além de servidores do sistema prisional têm prioridade. A escolha segue recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que consideram os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.
Frente ao aumento das taxas de internação em crianças, o governo ampliou a faixa etária de imunização. Conforme o MS, o número se iguala aos índices dos idosos. No ano passado, o público infantil beneficiado deveria ter de seis meses a dois anos.
Pessoas com doenças crônicas devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controles das doenças crônicas do SUS precisam ir aos postos onde estão registrados para aplicação da dose, sem prescrição médica. A vacina é contraindicada para pessoas com histórico de reação alérgica relacionada a ovo de galinha e derivados.
Apesar das diferenças climáticas existentes no país, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, destaca que as recomendações para prevenção da gripe se aplicam a todas regiões. Manter hábitos de higiene e ambientes arejados contribui para evitar contaminação. Segundo ele, o órgão prepara, com as secretarias estaduais e municipais de Saúde, atendimento aos pacientes com gripe. “A preparação inclui realização de diagnósticos e abastecimento dos estados e municípios com antivirais.”
As vacinas distribuídas protegem a população dos três subtipos do vírus da gripe, determinados pela OMS neste ano. São eles H1N1, H3N2 e Influenza B. No Brasil, 240 mil pessoas trabalham nos 65 mil postos de vacinação durante a campanha.
Atendimentos duplicam nos postos
A troca de estação e a proximidade com o inverno figuram entre os principais motivos para o aumento nos atendimentos em postos de saúde e prontos-socorros. Conforme o médico de Lajeado, Ronald Selle Wolff, a procura por consultas duplica, principalmente de maio até agosto.
Segundo ele, resfriados e gripes leves dispensam o atendimento na rede de saúde. “O paciente tem de repousar, tomar muito líquido e antigripais. A doença tem um ciclo, então é preciso esperar.” Caso haja piora no quadro, agravado por febre alta, aconselha a consulta com um médico.
Outro aspecto ressaltado por Wolff é com relação ao tipo de atendimento disponível pelo SUS. Na maioria dos casos, diz, a rede de atenção é a mais indicada para esses atendimentos. “Os postos resolvem 80% desses casos.”
Medidas de prevenção
A transmissão do vírus da gripe acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa gripada no momento da fala, tosse ou espirro. Objetos e mãos contaminadas, quando colocadas na boca, nariz e olhos, podem transmitir o vírus.
Para evitar a disseminação e contaminação, o ministério orienta a cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar, evitar tocar o rosto, lavar as mãos e não compartilhar objetos de uso pessoal. Em casos de gripe, a pessoa deve procurar atendimento médico. A vacina contra gripe não elimina a doença ou impede a circulação do vírus.
Sintomas
Pessoas infectadas pela gripe apresentam febre, tosse, dores na garganta, dores de cabeça, musculares e nas articulações. Falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração podem significar agravamento na doença.
