Vale do Taquari – As 28 ambulâncias anunciadas pela EGR devem chegar só em junho. A abertura das propostas, que estava marcada para hoje, foi suspensa após questionamentos apresentados pelas empresas concorrentes. Previsão é reabrir o edital de licitação ainda em fevereiro. Custo ultrapassa R$ 6 milhões e prazo de entrega é de três meses.
Empresários reclamam de limitação da concorrência, em função de algumas especificações técnicas dos veículos no edital. Potência do motor, dimensões internas e prazo curto para equipar e concluir as 28 ambulâncias são alguns questionamentos. Todos foram apresentados à Comissão de Licitação da EGR pelas concessionárias que apresentaram propostas.
Conforme o diretor-administrativo e financeiro da EGR, e presidente da Comissão de Licitação, Carlos Hauschild, todas as especificações contidas no edital foram exigidas pelo Corpo de Bombeiros. A chefia da corporação já analisa as questões levantadas pelos empresários. “Vamos aguardar o retorno deles com as modificações para dar seguimento ao processo”, diz.
Hauschild explica que a decisão de suspender a abertura das propostas foi “uma precaução.” Ele temia o ingresso na Justiça por parte de empresas concorrentes. “Isso atrasaria ainda mais o processo. Corríamos o risco de ver o pregão suspenso por ordem judicial.”
Indefinição
Segundo o diretor, após o aval do Corpo de Bombeiros, a licitação deve ocorrer em no máximo oito dias. Ele pretende finalizar o processo licitatório ainda em fevereiro. Mas não garante. “Optamos pelo pregão eletrônico para agilizar o processo. Mas não depende só da EGR. A esperança é reabrir o edital ainda esta semana.”
Sobre os questionamentos, Hauschild afirma que não houve “má- -fé” por parte da EGR ao lançar o edital, e afirma que inexiste direcionamento para qualquer empresa. Ele também questiona algumas reclamações. Entre elas, o prazo de 90 dias para entrega das 28 ambulâncias. “No início o prazo era de 60, e acredito que já era suficiente. São todas empresas grandes e com condições para isso.”
Além de Lajeado, também receberão as unidades os municípios de Bento Gonçalves, Cachoeira do Sul, Campo Bom, Canela, Caxias do Sul, Cidreira, Encantado, Erechim, Estrela, Flores da Cunha, Getúlio Vargas, Gramado, Lajeado, Montenegro, Novo Hamburgo, Parobé, Passo Fundo, Portão, Restinga Seca, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santo Antônio da Patrulha, São Leopoldo, São Marcos, Sapiranga, Taquara, Venâncio Aires e Viamão.
Atraso superior Há três meses
O convênio que prevê o repasse dos aparelhos para o Corpo de Bombeiros foi assinado no dia 25 de outubro pelo governador do Estado, Tarso Genro. A proposta é repassar para a corporação a responsabilidade pelos atendimentos nas rodovias pedagiadas.
Além das ambulâncias, haverá um repasse financeiro para cada posto, e também curso para os bombeiros. O acordo, que possui prazo de dois anos, prevê R$ 884 mil mensais pagos pela estatal ao Estado para manter os atendimentos.
Mais de três meses depois de assinar o convênio, as 31 ambulâncias prometidas ainda não foram entregues. São 28 novos veículos e outros três herdados das concessionárias que perderam a concessão no ano passado.
No site e também em panfletos entregues pela EGR, a estatal orienta aos usuários acionar o Corpo de Bombeiros por meio do 193 em caso de acidentes. No entanto, é o Samu quem atende algumas ocorrências. A direção do serviço já reclama de sobrecarga no serviço. Até 2013, quando as concessionárias ainda atuavam nas rodovias estaduais e federais do Estado, haviam 27 ambulâncias nos sete polos.