Empresas ajudarão a reestruturar praças

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Empresas ajudarão a reestruturar praças

Município cadastra as áreas de lazer para averiguar necessidade de investimentos

Lajeado – O abandono e a falta de estrutura em praças e parques municipais motivam uma parceria entre a administração municipal e o setor privado. O estudo para recuperar as áreas de lazer, elaborado pela Secretaria de Agricultura, analisa as condições de cada logradouro e projeta investimentos a serem executados durante o ano.

pAté o momento foram avaliados 32 locais, em regiões centrais e de maior circulação de pessoas. Segundo o coordenador da proposta, Ricardo Giovanella, a maioria das praças está em condições precárias. A intenção do Executivo não é transferir a responsabilidade de manutenção às empresas, mas despertar o interesse da comunidade em preservar bens públicos.

Espera que empresários adotem os locais de forma parcial ou integral. O Executivo estuda como funcionará a parceria. Uma das opções é a criação de um fundo municipal para que interessados possam doar dinheiro, que será usado para a contratação de serviços terceirizados. Outra proposta é ceder funcionários públicos para trabalhar nos locais.

Giovanella cita que uma empresa, cujo nome é mantido em sigilo até a assinatura do contrato, pretende repassar cerca de R$ 200 mil ao fundo. Outras instituições mostraram interesse. Uma delas pretende adotar a Praça da Matriz.

O maior benefício em troca do apoio, cita Giovanella, é o reconhecimento social pelo trabalho. Observa que cada instituição participante poderá instalar uma placa na praça, conforme os parâmetros estipulados pelo município, para divulgar sua marca.

Conforme o secretário, a comunidade começa a valorizar empresas que se preocupam com a responsabilidade social e ambiental. No momento em que o projeto estiver estruturado, será apresentado para a comunidade. Empresas receberão convites individuais. O município acredita que no próximo verão, dezenas de praças na cidade estarão reestruturadas.

Situação é precária na maioria dos locais

Os principais problemas verificados nas praças são: a falta de brinquedos, de iluminação, de acessibilidade e a insegurança. Giovanella cita que diversos locais sequer têm nome e foram abertas pela própria comunidade.

Segundo o secretário, muitas áreas de lazer na cidade tornaram-se impróprias para uso de famílias. Nestes locais, os pais não podem relaxar ou fazer exercícios enquanto as crianças brincam, pois é grande o risco de acidentes com brinquedos inadequados.

O estudo sobre a condição dos logradouros deve apontar quais as demandas de cada região, com opções para cada faixa etária. Giovanella acredita que uma praça mal cuidada vira um problema. Com o cenário de abandono, as pessoas começam a depositar lixo nos locais.

Mais segurança

Uma das primeiras praças a ser reformulada fica na esquina das ruas Coelho Neto e Fábio Brito Azambuja, no bairro São Cristóvão. O local está coberto por capoeira, brinquedos estão danificados e, segundo moradores, o espaço se tornou um reduto para viciados.

O taxista aposentado Adelino Fantin, 76, cobra mais segurança. Cita que muitos drogados frequentam o local durante o dia, afugentando moradores. “Se fosse meu filho, não deixaria ir lá.” Para ele, é preciso a atuação de um vigia diurno e a colocação de novos brinquedos. Confia na parceria e pede agilidade para resolver os problemas.

Plantio de árvores

Entre as propostas está a arborização dos parques e praças. Por meio de um projeto elaborado pela Agricultura, cerca de 250 espécimes de árvores serão plantadas no Parque Professor Theobaldo Dick, totalizando 300 variedades no local. Em cada planta haverá uma placa de identificação, com informações como nome, espécie e origem.

Com isso, Giovanella espera tornar o ambiente convidativo para as famílias. Cita que a estrutura tem brinquedos, academia, sanitários, pistas para caminhada e ciclismo e outras opções. O Parque dos Dick deve servir de referência para os outros logradouros que serão recuperados.

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