Fórum sugere demolição de prédios

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Fórum sugere demolição de prédios

Medida elimina refúgios de usuários de drogas, nômades e moradores de rua

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aBanheiros públicos, casas e prédios em ruínas devem ser de­molidos a pedido de autoridades. Esta foi uma das medidas discutidas pelos inte­grantes do Fórum Municipal de Enfrentamento à Drogadição, ontem, a fim de diminuir as opções de refúgio de drogados.

A ação tem o apoio dos ór­gãos de segurança e morado­res, que se preocupam com os problemas causados pelos usuários. Só neste ano, oito pessoas foram mortas devido ao envolvimento com o tráfico de drogas.

O grupo sugeriu uma norma­tiva que obrigue os proprietá­rios de prédios abandonados ou de terrenos baldios a reali­zarem a limpeza, restauração ou demolição da estrutura.

Segundo o comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva (CRPO-VT), coronel Antônio Scussel, todos os dias a Brigada Militar (BM) recebe ligações de moradores pedin­do ajuda e mais segurança nas proximidades de casas abandonadas.

Menciona que nestes locais os bandidos têm acesso livre diferente da polícia que precisa de mandado de busca. Scussel diz que há uma dificuldade maior de trabalho devido às condições: falta de iluminação, estrutura precária e facilidade de fuga dos bandidos.

Próximo da ponte do Arroio Saraquá, no bairro Conservas, o prédio em ruínas de um cur­tume desativado se tornou um ponto de receptação de produ­tos furtados e roubados.

De acordo com a polícia, os bandidos trocam as mercado­rias no local, mas é difícil com­provar o crime, porque o acesso só pode ser feito com mandado judicial por se tratar de uma propriedade particular.

A polícia faz pedidos de lim­peza dessa área há mais de um ano. Uma ação conjunta entre BM e Ministério Público apon­tou melhorias que deveriam ser feitas pela administração municipal. Até agora não hou­ve resultados.

O secretário de Governo, Isi­doro Fornari informa que é preciso demolir as paredes, que restaram no local, e uma casa de madeira ao lado, na barran­ca do rio. A melhoria não foi feita porque o município não quer arcar com os custos.

Banheiros públicos demolidos

Em dezembro de 2009, a admi­nistração municipal demoliu os banheiros públicos de campos de futebol da cidade, que eram usados para consumo de drogas e prostituição.

Com maior problema, o Campo do São José, no “Cantão do Sapo”, em Lajeado, teve demolido dois banheiros, uma copa e as arqui­bancadas. No dia em que foi feita a mudança, a equipe de obras flagrou 12 pessoas no prédio consumindo drogas e teve que pedir para se retirarem do local.

A alteração partiu de um acordo entre a prefeita de La­jeado, Carmen Regina Cardo­so e o promotor do Ministério Público, Sérgio Diefenbach, de­pois de uma série de reclamações dos moradores.

Um deles diz que o consumo de drogas permanece no local, mas agora há menos baderna. Conta que no espaço eram fei­tas as divisões das mercadorias roubadas e isso gerava brigas entre eles.

CE Lajeadense antecipou demolições

Os vestiários na antiga sede do Clube Esportivo Lajeadense, no bairro Florestal, tiveram que ser destruídos seis meses an­tes do previsto. Os novos proprietários tomaram a decisão, depois de recla­mações de que um casal de moradores de rua se abrigou no local e bader­nava à noite.

Segundo moradores das proximidades, de­pois de ingerirem bebi­das alcoólicas, gritavam e dançavam durante a madrugada.

Como funciona em Estrela

Em Estrela, o Código de Edificações prevê que prédios que apresentam perigo, estando em ruínas ou com más condições de uso, serão avaliados por uma comissão formada arquitetos ou engenheiros.

Depois, os fiscais muni­cipais notificarão o pro­prietário do imóvel, que dependendo da gravidade das condições da estru­tura, receberá um prazo para demolir o bem. Caso contrário, a administração municipal entrará com processo judicial para so­licitar a demolição. Dife­rentemente do que ocorre em terrenos baldios, em que o Executivo poderá roçar e cobrar depois do proprietário.

Um maior controle começou a ser feito em 2011. O pedido surgiu na reunião do Conselho Municipal de Seguran­ça (Conseg), em que a BM entregou um ofício com uma solicitação de demolição.

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