A Brigada Militar (BM) encontrou o corpo do morador de Conservas, Rodrigo da Silva, 25, próximo dos brinquedos do Parque dos Dick, a cerca de 300 metros da sede da Polícia Civil. Ele foi morto com dois tiros às 5h30min de domingo, quando vizinhos ouviram os disparos.
Silva foi a segunda pessoa executada dentro do parque em um mês. No dia 20 de janeiro, também de madrugada, o servente de pedreiro Claudemar Carvalho Junior, 35, foi morto com dois tiros na cabeça, no meio da rua Santos Filho.
O delegado José Romaci Reis descarta a hipótese de que o local esteja servindo como ponto para execuções. Segundo ele, é uma coincidência. “São casos diferentes.”
Sobre o assassinato de Junior, garante que existe suspeito e causa para o crime. A vítima teria se desentendido com outro rapaz. Eles estariam juntos minutos antes e eram conhecidos. “Estamos próximos de elucidar este crime.”
Reis admite maior dificuldade em apontar o culpado pelo assassinato de Silva. Apesar de alguns moradores terem escutado os tiros, não há testemunhas. Conforme o delegado, a vítima era usuária de droga. Até o momento não há suspeitos. Os dois mortos eram moradores do bairro Conservas.
Comunidade diverge sobre segurança
Era intenso o movimento de pessoas na manhã de ontem. Poucos sabiam do assassinato da madrugada anterior. Mesmo com a notícia, a maioria afirma se sentir tranquila no local. “Sempre caminho no fim da tarde. Acho boa a iluminação e me sinto seguro”, diz o aposentado Vilmar Vebel.
Cléria Vargas mora próximo ao ginásio Nelson Brancher e afirma que não ouviu os disparos. Afirma que pelos fatos serem recorrentes, se sente insegura. “Acho que deveria ter mais policiamento.” Mesmo com os banheiros trancados durante a noite, ela garante que é grande a aglomeração de usuários de drogas no local.